#AmoraEmTempo: “Uma das coisas que menos me preocupam é a morte”, diz Pelé.
Existe uma maneira indiscutível, objetiva, de dimensionar o tamanho de um ídolo do esporte. É pelos números. Por esse critério, Pelé é imbatível. Ele foi o único jogador do mundo a vencer três Copas do Mundo.
Ninguém balançou a rede tantas vezes — foram 1 282 gols no total. Ninguém fez mais gols pela seleção brasileira – 77 tentos em 92 partidas oficiais.
Ninguém ganhou tantos títulos por um clube — 47 troféus levantados com a camisa do Santos, entre esses o bicampeonato da Libertadores e Mundial, além de seis campeonatos nacionais.
Existe uma outra forma, subjetiva, lúdica, de avaliar a dimensão de um mito. É pelas histórias. Nessa linha, também não tem para ninguém.
“Prazer, eu sou Ronald Reagan, mas não precisa se apresentar, todo mundo sabe quem é você”, disse a Pelé o presidente americano, em encontro na Casa Branca.
Pelé ensinou Gerald Ford e Bill Clinton a fazer embaixadinha. De toalha, encontrou o senador Robert Kennedy no vestiário do Maracanã.
De uniforme, recebeu das mãos da rainha Elizabeth II , em visita oficial ao Brasil, a taça de campeão em um amistoso. Sem contar os namoros e os supostos romances…
Andy Warhol, que registrou o craque em sua famosa galeria de polaroids, vaticinou que no futuro todos teriam direito a 15 minutos de fama, mas Pelé teria 15 séculos. Provavelmente estava certo.
Edson Arantes do Nascimento, a persona por trás do ícone, perdeu o cacoete de dizer “entende?” a cada fim de frase, mas vira e mexe ainda fala na terceira pessoa.
Aos 76 anos, acumula estatísticas e narrativas. Com sete filhos, está no terceiro casamento, com a empresária Márcia Aoki, com quem celebrou a união no ano passado na Igreja Anglicana de Santos.
Hoje, passa a maior parte do tempo em sua casa no Guarujá.
De muletas, por causa de uma cirurgia malsucedida para implantação de uma prótese no quadril, o Atleta do Século eleito pelo jornal francês L’Équipe recebeu a VIP no Museu do Pelé, em Santos.